A teoria da
lógica informal baseia-se no conceito de diálogo de perguntas e réplicas como
forma de interação entre dois participantes, ou seja, no contexto de perguntas
e respostas, investigaremos alguns tipos de argumentos mais utilizados quando
duas pessoas raciocinam juntas.
Argumento: em lógica, um argumento é um conjunto de enunciados, um dos quais é
chamado de conclusão, e os restantes, de premissas. (ABBAGNANO,
2007, p. 90)[2]. Ex.: Estudarei bastante sobre as normas do bom
argumento. Logo, saberei avaliar melhor a posição de cada argumentador.
Métodos Críticos: Nesse capítulo, veremos alguns métodos de análise crítica
de avaliação do argumento. Método crítico diz respeito a como “avaliar de forma
imparcial e razoável os pontos fortes e fracos de qualquer argumento que
ocorra, por exemplo, no contexto de um debate acalorado, de um conflito de
opiniões, de um processo de persuasão racional, de questionamento, de crítica
ou de interrogatório pode ser analisado pelos métodos que seguem.".
Criticar é afirmar seus pontos forte, fracos, errôneos ou falaciosos.
Teoria Lógica (semântica) X Pragmática Lógica
(contextual)
"A
Teoria Lógica tende a enfatizar as relações semânticas, ou seja, relações
entre conjuntos de proposições verdadeiras [V] ou falsas [F]",
basicamente preocupa-se apenas com as proposições, sendo o argumento mero
conjunto de proposições, importa somente a verdade ou falsidade dessas
proposições. "O contexto mais amplo do diálogo não é levado em conta".
"A
Pragmática Lógica diz respeito ao uso que um argumentador faz dessas
proposições". O argumento é uma alegação que deve ser pertinente à
conclusão; interessa-se pelo uso racional das proposições tendo em vista
alcançar um objetivo, como construir ou refutar um raciocínio no contexto
dialógico. "Do ponto de vista pragmático, cada argumento tem que ser
considerado no contexto de um ambiente de diálogo determinado". Perceber
os diferentes contextos no qual o diálogo está inserido é uma exigência para a
análise racional de um argumento. (p2)
O Diálogo: “Um diálogo é uma sequência de trocas de mensagens ou
atos de fala entre dois ou mais participantes”, ou melhor, "é uma troca de
perguntas e respostas entre duas partes". No contexto do diálogo, os
participantes devem cooperar no interesse de alcançar seus objetivos. Um mau
argumento surge quando essa obrigação básica deixa de ser cumprida.
Tipos de
diálogos argumentativos – 08 tipos (p4)
(ou 08 tipos fundamentais de crítica e argumentação
racional).
Cada um com “uma situação inicial distinta e diferentes regras
de procedimento para atingir o objetivo”.
1. Altercação Pessoal: diálogo caracterizado pela perda de perspectiva equilibrada,
"por ataques pessoais agressivos, apelo às emoções e vontade de vencer a
discussão a qualquer custo". A meta é atacar ou atingir o oponente de
qualquer forma. É caracterizada pelo falacioso ataque ad hominem (ataque contra a pessoa e não contra o argumento) e o uso de
argumentos emocionais.
Situação Inicial: inquietação emocional / Meta: atingir o outro / Método: ataque pessoal.
2. Debate Forense: nele, há juízes (uma terceira parte não sujeita aos ataques). O
debate é regido por regras de procedimentos, as vezes, permissivas, dando
lugar a argumentos falaciosos que são valorizados como boa tática de debate.
"O proposito básico do debate forense é conquistar uma vitória verbal
contra o oponente impressionando a plateia (ou árbitro)". "Nem sempre
um argumento bem sucedido é um argumento racional do ponto de vista da
lógica": impressionar é o mais importante.
Situação Inicial: disputa forense / Meta: impressionar a plateia / Método: eloquência verbal
3. Diálogo Persuasivo ou Discussão
Crítica (o mais significativo): dois participantes, duas teses (conclusão) a provar. Cada participante
procura provar sua própria tese "através de regras de inferência
[raciocínio] baseadas nas concessões do outro". O processo persuasivo
transcorre buscando provar sua tese a partir de premissas que o outro aceita ou
com as quais está comprometido. Também coopera com o outro na tentativa de
provar a tese dele. Exige respostas úteis e honestas sendo, portanto, normativo.
Há um comprometimento plausível baseado em prova racional, mas não
conclusiva. Podem ser usados dois tipos de prova:
a. Prova
interna: "cada participante infere uma proposição a partir da
concessão do outro" (método básico);
b. Prova
externa: introdução de 'novos fatos' nos argumentos através de opinião de
fontes especializadas. Quando uma prova externa é aceita na discussão,
"pode-se recorrer a ela como uma [nova] premissa para uma prova
interna".
Situação Inicial: diferença de opinião / Meta: persuadir o outro / Método: prova interna e prova externa.
4. Diálogo Investigativo: o método investigativo procura avançar tirando conclusões de premissas
estabelecidas com base sobre provas sólidas. "As premissas só podem ser proposições
reconhecidamente verdadeiras, aceitas como informação confiável por todas
as partes". "A meta não é provar conclusivamente nenhum dos
lados", mas obter "incrementos de conhecimento", o máximo
de certeza com as evidências disponíveis. Na investigação os investigadores são
neutros em busca de uma verdade objetiva, conclusiva. Eles são mais
cooperativos que conclusivo. É essencialmente cumulativo. Parte de um ponto
inicial e busca “certo grau de falta de conhecimento a ser superado”.
Situação Inicial: falta de prova / Meta: estabelecer provas / Método: argumentação baseada em conhecimento
5. Diálogo de Negociação: o objetivo é fazer um bom negócio, “e o método é a barganha."
Necessariamente, "não precisa envolver compromisso com a verdade."
As concessões feitas por ambas as partes não são comprometimentos, mas acordos
em troca de vantagens. O diálogo de negociação é totalmente competitivo, "baseado
francamente no ganho pessoal", compete-se por bens ou benefícios em
condições de escassez.
Situação Inicial: diferença de interesses / Meta: obter ganho pessoal / Método: barganha
6. Diálogo de Informação: "uma das partes tem o objetivo de descobrir
informações que a outra parte tem".
Situação Inicial: falta de informação / Meta: descobrir informações / Método: questionamento
7. Diálogo Procura de Ação: "o objetivo de uma das partes é fazer com que a
outra siga um determinado curso de ação".
Situação Inicial: necessidade de ação / Meta: produzir ação / Método: imperativos do tema
8. Diálogo Educacional: uma parte tem o objetivo de transmitir conhecimento
para o outro.
Situação Inicial: ignorância / Meta: transmitir
conhecimento / Método: ensino
2 - COMPONENTES DO DIÁLOGO ARGUMENTATIVO (p12)
O Diálogo Argumentativo pode ser
dividido em quatro estágios:
1. Estágio inicial: neste estágio, é
especificado o tipo de diálogo e são esclarecidas as regras de
procedimento*: explícitas (como num julgamento criminal); ou de acordo com
o costume e a boa educação, de forma que o diálogo possa ser conduzido sob pré-determinada
expectativa de normalidade.
2. Estágio de confrontação: anunciado o tema
do diálogo (o assunto a ser resolvido), de forma que torne o objetivo claro,
aceito, estabelecido.
3. Estágio de argumentação: através de métodos
apropriados e de maneira ordenada, a contribuição que cada parte implica
para atingir o objetivo do diálogo.
4. Estágio final: os participantes concordam
com o fim do diálogo.
*Regras de procedimento (p14):
a) Regras de locução: estipulam os tipos de atos de fala ou locuções;
b) Regras de diálogo: especificam a vez de cada um e
‘quem’, ‘quando’, pode ou deve se pronunciar;
c) Regras de comprometimento: especifica como cada
tipo de locução agrega comprometimento;
d) Regras de estratégia: determina a sequência de
locuções que avançam para a realização do objetivo do diálogo.
e) Regras de pertinência: “exige que o participante
não se desvie do assunto (o objetivo do diálogo), sob pena de ser contestado”.
f) Regras de cooperação: exige respostas cooperativadas
e comprometidas que reflitam uma posição.
g) Regras de nível de informação: “exige que cada
participante adapte seus argumentos ao que a outra parte sabe ou não sabe”.
3 - DIÁLOGO PERSUASIVO (DISCUSSÃO CRÍTICA) (p16)
Dois tipos básicos de diálogo persuasivo:
a) Diálogo persuasivo assimétrico: diferentes
obrigações, fracamente opostas, uma das partes apenas procura levantar
questões que reflitam suas dúvidas em relação às provas; apenas nega, questiona
ou não aceita a tese do outro, “mas não é obrigado a provar o oposto dessa
tese”.
b) Diálogo persuasivo simétrico: mesmas
obrigações, fortemente opostas. Ambas as partes têm o ônus da prova
positiva, ou seja, buscam provar suas teses opostas. Possuem comprometimentos
distintos, definido por um conjunto de proposições igualmente distintas.
O objetivo estabelece a quem pertence o ônus da
prova (a incumbência de provar). O padrão mais rigoroso é estabelecido para
o argumento dedutivamente válido, que
exige que seja logicamente ‘impossível’ que a conclusão seja falsa se as
premissas forem verdadeiras. P (v) -> Q (v) (p19)
O argumento
indutivamente forte, “se as premissas forem verdadeiras, então é ‘provável’
que a conclusão seja verdadeira.” “É evidente que a força indutiva é uma
exigência menos rigorosa para o sucesso de um argumento do que a validade
dedutiva”. (p20)
No argumento
plausível, o requisito para o sucesso da prova positiva é ainda menos rigoroso.
Esse argumento é mais fraco. Premissas ‘plausíveis’. Logo, conclusão plausível.
O argumentador deve estar comprometido na mesma medida com a premissa e a
conclusão. “A função do argumento plausível é transferir o ônus da prova”.
4 – REGRAS NEGATIVAS DO DIÁLOGO PERSUASIVO (p22)
“As regras positivas do diálogo persuasivo
proporcionam um modelo normativo de bom diálogo persuasivo”, uma espécie
de diálogo ideal. Estas regras também implicam regras negativas que
exprimem proibições. “Violar tais proibições pode resultar em diversos tipos de
erros, falhas e deficiências de argumentação”: as falácias informais.
A Falácia é um erro grave de lógica ou falha fundamental de
raciocínio.
Falácias informais (sophistici elenchi ou refutações sofísticas): “são estratégias de argumentação sistematicamente enganosas, baseadas
num erro básico e sistemático do diálogo racional”. Parecem ser plausivelmente
corretas, mas não são. Algumas violações se encaixam na categoria de ‘tolice’
(erros, lapsos); outras, em ‘argumentos incompletos’ (que não respondem ao
questionamento crítico, não passam de argumentos fracos).
Vejamos algumas regras negativas de conduta que
podem ocorrer nos diferentes estágios da argumentação. As transgressões dessas
regras podem levar a algumas falácias informais importantes que veremos
adiante:
1. Estágio inicial
- Não permitir mudanças do tipo de diálogo para outro;
2. Estágio de confrontação
- Não permitir modificar a pauta;
- Recusa em aceitar uma pauta específica;
3. Estágio de argumentação
- Não é permitido não cooperar;
- Não é permitido transferir ou alterar ilicitamente o
ônus da prova;
- Não é permitido introduzir uma prova interna usando
premissas não admitidas pela outra parte;
- Não é permitido recorrer a provas externas
injustificáveis;
- Não é permitido cometer falha de pertinência (tese
ou conclusão errada, se desviar do ponto a ser provado, responder
inapropriadamente);
- Não é permitido deixar de fazer perguntas cabíveis
ou perguntar inadequadamente;
- Não é permitido não definir, esclarecer ou
justificar as informações necessárias para alcançar o objetivo.
4. Estágio final
- Não forçar o fim prematuro.
Lembrando que o propósito básico do diálogo persuasivo
é dar aos participantes a oportunidade de se expressar de forma razoável e
regrada, provando suas opiniões, quando possível. Os argumentadores são livres
para expressar e contestar diferentes pontos de vista, interagindo e
raciocinando juntos, na construção de teorias coerentes que avançam em busca de
uma meta objetiva.
5 – ALGUMAS FALÁCIAS INFORMAIS IMPORTANTES (p26)
Falácias informais: alguns erros
e táticas enganosas.
1. Falácia
das perguntas múltiplas (ou de perguntas complexas*): pergunta agressiva pressupondo comprometimento com questões anteriores que podem prejudicar o oponente.
*Perguntas complexas: Perguntar é introduzir pressupostos num diálogo. “O pressuposto é uma proposição supostamente aceitável para o oponente, que ficará comprometido com ela ao dar qualquer resposta direta”. Ou seja, perguntas contêm informações positivas em forma de proposições. Perguntar, além de introduzir proposições é também argumentar e influenciar o curso da argumentação. Essas perguntas, consideradas complexas, às vezes são falaciosas porque estão cheias de pressupostos. Eles funcionam como uma armadilha para o oponente que de repente se vê obrigado a admitir uma proposição capciosamente colocada entre outras, com a qual não está comprometido. A pergunta complexa é muitas vezes longa, com uma multiplicidade de questões interligadas também de maneira complexa, o propósito falacioso é obter afirmações positivas para todas elas.
*Perguntas complexas: Perguntar é introduzir pressupostos num diálogo. “O pressuposto é uma proposição supostamente aceitável para o oponente, que ficará comprometido com ela ao dar qualquer resposta direta”. Ou seja, perguntas contêm informações positivas em forma de proposições. Perguntar, além de introduzir proposições é também argumentar e influenciar o curso da argumentação. Essas perguntas, consideradas complexas, às vezes são falaciosas porque estão cheias de pressupostos. Eles funcionam como uma armadilha para o oponente que de repente se vê obrigado a admitir uma proposição capciosamente colocada entre outras, com a qual não está comprometido. A pergunta complexa é muitas vezes longa, com uma multiplicidade de questões interligadas também de maneira complexa, o propósito falacioso é obter afirmações positivas para todas elas.
2. Falácia da
conclusão não pertinente (ignoratio
elenchi)*: “O argumento é conduzido de maneira que prove uma conclusão
errada ou não pertinente. O argumento pode ser válido, mas o problema é que se
afastou da questão”. Um dos participantes se desvia do ponto a ser provado
(diversionismo); apela para as emoções (falácias emocionais ou falácias de
pertinência); ou força o fim prematuro da argumentação
*Alguns tipos de críticas de não pertinência (ignoratio elenchi) (p109):
a) Tirar a conclusão errada;
a) Tirar a conclusão errada;
b) Refutação mal concebida. Incapacidade de refutar a tese do oponente ou
apresentar provas contrárias razoáveis;
c) Modifica a questão inteira introduzindo um paralelo diversionista;
d) Introdução de proposições estranhas à proposição a ser estabelecida. Não
coincidência de assunto;
e) Exagera a conclusão que o oponente deve supostamente provar;
f) Compreende mal a conclusão de um argumento no caso de uma proposição
complexa;
g) Introduz premissas adicionais que se desviam do curso da argumentação.
3. Falácia argumentum
ad baculum (apelo à força): Um dos participantes recorre à força ou
ameaça para impor sua conclusão;
4. Falácia argumentum
ad misericordiam (apelo à piedade);
5. Falácia argumentum
ad populum (apelo às emoções coletivas): as duas últimas geralmente
ocorrem quando um dos participantes impõe sua conclusão sem ter cumprido a
obrigação de justifica-la através de provas fortes e pertinentes.
“O uso da emoção no argumento não é intrinsicamente
falacioso ou errado. Somente o mau uso de um apelo emocional deve ser criticado
como falacioso” (considerado um diversionismo ou artifício não pertinente).
6. Falácia argumentum
ad hominem (ataque pessoal): ocorre “quando alguém critica um argumento
atacando pessoalmente o argumentador”;
7. Falácia argumentum
ad verecundiam (apelo à modéstia): “mau uso que um dos participantes
faz da opinião de um perito ou autoridade na tentativa de se furtar à própria
opinião” ou ao ônus da prova;
8. Falácia post
hoc, ergo propter hoc (de causal correlação estatística): “está
relacionada à indução e ao raciocínio estatístico”. “Fundamenta erroneamente
uma conclusão causal numa fraca correlação estatística entre dois eventos”.
Veremos agora algumas falácias relacionadas com o uso
da linguagem na argumentação. “Elas decorrem da imprecisão e da ambiguidade dos
termos e frases da linguagem natural”.
1. Falácia argumentum
ad ignorantiam (argumento da ignorância): Argumenta com base na
ignorância, e que a impossibilidade de desmentir uma proposição a comprova;
2. Falácia do
equívoco: advém da confusão de dois significados para um mesmo termo no
argumento, quando há uma mudança contextual;
3. Falácia do
espantalho: “ocorre quando a posição de um argumento é deturpada por
ser citada de maneira errada, exagerada ou por sofrer outro tipo de distorção”;
4. Falácia do
argumento circular (petitio
principii, ou petição de princípio): “ocorre quando a conclusão a ser
provada pelo argumentador já está pressuposta em suas premissas”.;
5. Falácia da
ladeira escorregadia: “ocorre quando uma proposta é criticada, sem
provas suficientes, sob a alegação de que vai levar, por uma sequência
inevitável de consequências estreitamente ligadas, a um resultado catastrófico”;
6. Falácia da
composição: “argumenta de maneira irracional, partindo dos atributos de
algumas partes do todo, ou de membros de um grupo, para concluir dos atributos
do todo ou do próprio grupo”;
7. Falácia da
divisão: é o tipo oposto da argumentação falaciosa por composição.
Partindo dos atributos do todo, conclui sobre os atributos das partes;
8. Falácia branco
ou preto: “a pergunta coloca uma disjunção exclusiva que é restrita
demais para representar as várias possibilidades razoáveis que uma resposta
direta exige” (ou é uma coisa ou outra). (p54)
6 – PERSPECTIVA CRÍTICA (p36)
Um Diálogo Racional: “é uma sequência de perguntas e respostas em que cada
participante tem uma tese ou conclusão a ser provada.” (WALTON, 2012, p. 88). O diálogo “deve ser essencialmente aberto e estimular perguntas esclarecedoras sobre
todos os aspectos da questão controversa”. “Os dois participantes devem
raciocinar juntos”. “A força de um argumento deve ser avaliada com base na sua
eficácia”. “O diálogo só pode ser racional na medida em que o objetivo de
construir uma argumentação mais forte do que a do componente é levada a cabo
dentro de uma estrutura que regule ambas as partes”. A crítica tem que ser
imparcial, uma diatribe unilateral será inútil e pouco esclarecedora. É preciso
reconhecer seus pontos críticos, quando o diálogo se afasta de uma linha
melhor de argumentação. “As falácias informais tradicionais [muitas vezes
ardilosas e eficazes] nem sempre são usadas ilicitamente (transgressão de
regras do diálogo honesto)”. Às vezes, nem falaciosos são, mas apenas fracos,
dão margens à dúvida ou sem sustentação, baseados em provas sem valor. O
crítico racional, conhecendo os esquemas de argumentação e questionamento
crítico que acompanham as falácias e erros, deve que se esforçar para investigar
os dois lados de uma questão, evitando qualquer engano que possa ser provocado
por algum cego dogmatismo, devendo apenas avaliar os defeitos e os méritos
reais do argumento.
[1] Walton, Douglas N. Lógica
Formal : manual de argumentação
crítica; trad.: Ana Lúcia R. Franco, Má Carlos A. L. Salum; revisão de
trad.: Fernando Santos; 2 ed. --São Paulo : Editora WMF Martins Fontes, 2012.
[2] ABBAGNANO, Nicola. Dicionário de filosofia; trad.:
Alfredo Bossi; rev. trad. Ivone C. Benedetti. – 5 ed. – São Paulo : Martins
Fontes, 2007.
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