Filosofia, Educação e Tecnologias da Informação e da Comunicação

terça-feira, 12 de abril de 2011

Globalización, nuevas tecnologías y comunicación: Uma perpectiva sócio-econômica.


O espanhol Víctor Manuel Marí SAEZ expõe suas reflexões a partir de uma perspectiva sócio econômica mundializada e começa nos lembrando que as tecnologias da informação precedem do contexto social nas quais estão inseridas e que “estão extremamente conectadas”.

Segundo ele, as tecnologias da informação (citando Marcuse), faz parte de um projeto histórico-social ligado a interesses dominantes não muito claros. Cita ainda Manuel Castells quando nos alerta que a internet se tornou uma metáfora de nossos dias assim como o relógio foi a metáfora dos anos fordistas que muito bem representou o ciclo repetitivo que marcou a segunda revolução industrial (oportunamente caracterizada por Chaplin no filme “Tempos Modernos”).


Saez também destaca algumas visões um tanto ingênuas que dificultam uma maior compreensão integralizadora, histórica e crítica das tecnologias da informação, são elas: as visões tecnofóbicas x tecnofílicas; e as visões descontextualizada x instrumental.

As primeiras com alto nível de carga emocional, que dificulta uma atitude crítica e reflexiva mais elaborada, se dividem entre aqueles que acreditam que as tecnologias destroem a vida social e criam uma cultura sem fundamentação moral, os tecnofóbicos; e os tecnofílicos que acreditam que a tecnologia informacional é uma amiga capaz de conquistar uma vida de “progresso” mais feliz.

Já a visão descontextualizada argumenta que as novas tecnologias teriam suas origens independentes dos seus respectivos processos econômicos e sociais, como se não houvesse um diálogo permanente e continuo entre estas inovações tecnológicas com as necessidades sociais, culturais e econômicas em um dado período histórico; enquanto a visão instrumental sugere que as novas tecnologias de informação teriam apenas como fim a praticidade de produzir mais e melhor em um menor espaço de tempo.

O texto também faz uma rápida análise das influências potencializadoras que as novas tecnologias informacionais vêm processando no mundo a partir do final do século XX. Aquelas relacionadas com os setores econômicos, políticos e culturais.

As relacionadas com os setores produtivos da economia se referem, principalmente, as ações na economia global a partir de um momento que se tornou possível negociar de tudo no mundo, reduzindo, ao máximo, os obstáculos das fronteiras físicas e de tempo real;

No que se refere ao poder político que, segundo o autor, tende a se enfraquecer frente às novas forças neoliberais que cada vez mais vem reduzindo o espaço político institucional à sua mínima expressão burocrática, obrigando os partidos a uma rápida adaptação às novas regras do discurso midiático;

Quanto às relações culturais, Saez alerta para os perigos de uma sociedade informacional e global que procura impor, ao mundo, um conceito ideológico unificador do pensamento como uma realidade maior, demolidora, vencedora, dada como já estabelecida e inquestionável.

Saez, citando González Requena, ainda condena o conteúdo televisivo diante da importância que a televisão tem como o produto informacional mais consumido em escala mundial, de maior acessibilidade e legibilidade entre todos os seguimentos, mas que, em contrapartida, produz uma programação de conteúdo vazio de informação, banal e repetitivo.

Para finalizar, Saez, citando Jesús Galindo, aposta na cibercultura, no uso de suas ferramentas tecnológicas como instrumentos para o trânsito de conteúdos, incorporando essas novas tecnologias aos diferentes contextos abrangendo múltiplas visões de mundo, alternativas às limitações de uma única visão.

Linkedin Saez
Víctor Manuel Marí SAEZ

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