Segundo a professora Maria Cristina Castilho Costa, o educomunicador é aquele profissional que entende tanto de escola como de comunicação, sempre visando uma educação mais eficiente relacionada com as necessidades da comunidade e suas práticas; formador de uma consciência mais comprometida.
A escola de hoje exige novos procedimentos em face da realidade explícita que nos impõe as modernas relações sociais, políticas e econômicas, cada vez mais intermediadas pelas simbologias midiáticas e imediatas, de forma que possa resgatar o interesse de seus alunos para uma atuação mais efetiva no contexto em que participam.
Capacitar nossos alunos para que estejam preparados para os efeitos da mídia, para que possam se apropriar conscientemente dos seus meios de comunicação e expressão desenvolvendo, neles, uma visão crítica atrelada a uma atitude participativa e transformadora de sua realidade social tem sido uma preocupação constante entre os educadores do mundo inteiro.
Diante da crise do ensino público e das transformações sociais e econômicas causada pela dominação do neoliberalismo – que vem exigindo mudanças radicais nos ambientes de trabalho, forçando os jovens a utilizar o raciocínio e a criatividade que viabilizem um direcionamento para a quantidade de informação e conhecimento hoje disponíveis nas redes de informação - a prioridade tornou-se “ensinar a pensar”, mais que transmitir conteúdos.
A informática tem participado das mais simples atividade do aluno até as mais complexas, exigindo sua familiaridade e domínio. Isso tanto no sentido reservado a pesquisa, a formação, quanto no trato com o prazer, a cultura e o trabalho. Hoje tudo se mistura sem prerrogativas de funções, sem limites entre áreas.
“...o computador é um novo meio de comunicação que, ligado a redes mundiais, transpõe os muros da escola e aparece como eficiente veículo de trocas de informações e importante ferramenta de experiências pedagógicas”, cita a professora.
Lembrando que o computador revoluciona as práticas pedagógicas tradicionais quando propõe a comunicação, a interatividade e a construção do trabalho colaborativo que tiram do foco a atenção para com o professor, antigo transmissor de conteúdo, transpondo-o para as novas mídias de comunicação interativa. O professor torna-se um facilitador do conhecimento; o aluno, agente efetivo de seu aprendizado.
A professora ainda alerta para a necessidade de educar visando o ambiente sócio-cultural do aluno, suas necessidades, suas crenças, seu cotidiano imediato – sua bagagem cultural – formador de seus referenciais cognitivos que tudo haverá de filtrar prevalecendo apenas o que lhe faz sentido; mantendo à distância a força impiedosa e hegemônica do universalismo exógeno.
Semelhanças com Morin, a professora destaca o papel do educomunicador que avança pelos espaços de atuação midiáticas começando pela própria sala de aula com a utilização de seus equipamentos possíveis, propondo atividades integralizadoras de conteúdos da imprensa, jornais, cinema e TV estimulando os alunos a destacarem, para o plano teórico, suas experiências cotidianas.
Em seguida contribuindo para a própria formação da estrutura da instituição ou organização, gerenciando informações e criando centros de pesquisa e laboratórios, integrando disciplinas e investimentos no setor. Tudo em favor de uma educação mais eficiente, mais comprometida com a sociedade.
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